FILHO


Meu filho que não veio
voa no vento

e suga o seio da noite,
em estado de ausência.

Procuro seu corpo,
que some no vácuo,

dissolvendo-se:
hipotético-dedutivo.

Meu filho que não veio
jaz no campo das possibilidades.



Um comentário:

Carpe Diem disse...

Lindo poema, engraçado pq antes esse poema me lembrava outro, agora não sei pq me veio a imagem do poema do Drummond "fulana", "as vezes ela existe demais"...

Gostei muisso

Dani Pança